Nasceu em Leiria, 1 de Julho de 1941.
Licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e pós-graduado em Relações Interculturais pela Universidade Aberta de Lisboa.
Trabalhou na função pública, no Gabinete de Investigações Sociais /Instituto de Ciências Sociais, da Universidade de Lisboa, tendo sido um dos mais próximos colaboradores do Professor A. Sedas Nunes
Dirigiu vários serviços das referidas instituições, tendo designadamente integrado o seu Conselho Directivo.
Responsável por inúmeras iniciativas foi, durante muitos anos o principal colaborador do Professor Sedas Nunes na concepção e realização da revista Análise Social, integrando o seu secretariado de redacção e sendo o responsável pela sua edição.
Desde muito cedo apaixonado pela edição, trabalhou nas Publicações Europa-América, nas Publicações D. Quixote e na Editorial Presença, editoras em que assumiu várias responsabilidades tendo sido responsável pela publicação de inúmeras obras e por inúmeras iniciativas de promoção do livro e da leitura.
Nas Publicações D. Quixote dirigiu colecções e coordenou a edição portuguesa de Le Monde Diplomatique, a primeira edição internacional desta importante publicação, realizada por sua iniciativa. O seu trabalho nas Publicações D. Quixote ficou ligado a uma acção editorial que se traduziu num significativo contributo para o esclarecimento político.
É autor de alguns títulos da colecção «Documentos D. Quixote», tendo elaborado, com João Palma Ferreira, a colectânea As Eleições de 1969 (publicações Europa-América, 1969)
Criou e dirige a editora Gradiva, um projecto editorial cuja novidade, qualidade e efeitos culturais têm sido amplamente reconhecidos, em Portugal e no estrangeiro.
Na sequência dos interesses académicos ligados à sua formação e com a convicção do papel absolutamente decisivo da cultura científica na promoção da consciência crítica, no desenvolvimento e na modernização de Portugal, criou e dirige na sua editora várias colecções pioneiras dedicadas à divulgação científica, à ciência, à matemática (a colecção «Ciência Aberta» é considerada, em Portugal e no estrangeiro, uma colecção de referência).
Esta sua iniciativa esteve na origem do um surto de interesse pela ciência, crescentemente valorizado por inúmeras outras iniciativas, que reconhecidamente teve um grande impacto no sistema de ensino suscitando inúmeras vocações.
José Mariano Gago chamou à Gradiva «a Universidade da Gradiva» e a Guilherme Valente o reitor da Universidade da Gradiva.
De 1987 a 1990 trabalhou em Macau, onde integrou o Conselho de Cultura do Governador, deu aulas na Universidade de Macau, exerceu funções na Fundação Macau e foi co-fundador e principal animador da revista Administração, a primeira publicação bilingue (português e chinês) no género, concebida com o objectivo de promover a reflexão e a participação de portugueses e chineses na problemática da transição, do desenvolvimento e do futuro de Macau. Os números desta publicação constituem uma referência única sobre os anos que precedem a passagem da administração de Macau para a China. E esta revista continuou e continua hoje a ser publicada pela Administração Chinesa de Macau
Em Fevereiro de 1993 voltou a Macau para desempenhar as funções de assessor do Governador Rocha Vieira.
Exerceu vários cargos directivos na Associação Portuguesa de Editores e Livreiros pertencendo de novo actualmente aos ses corpos directivos.
Integrou a Comissão Instaladora do Centro Cultural e Científico de Macau, instituição integrada no Ministério da Ciência. Nesta qualidade participou na criação do primeiro Mestrado de Estudos Chineses em Portugal, na Universidade de Aveiro.
Tem publicado artigos, nomeadamente no Público e Expresso e feito conferências, designadamente em várias universidades e escolas sobre a problemática da cultura, da educação e do desenvolvimento, da cultura científica, do livro e da leitura. Deve-se reconhecidamente a Guilherme Valente e a um pequeníssimo grupo de amigos seus Carlos Fiolhais, Nuno Crato, designadamente, a chamada de atenção pública para o dramatismo da questão da educação.
Lançou com José Urbano e Carlos Fiolhais o Manifesto para Educação da República uma omada de posição «profética» que reuniu, em apenas duas semanas um número de assinaturas absolutamente singular em documentos do género: 30 000, com subscritores eminentes de todo o espectro político.
Foi membro, designado pelo Governo, do Conselho Nacional de Educação.
É actualmente membro do Conselho de Opinião da Rádio Televisão Portuguesa.
É curador e administrador da Fundação Jorge Álvares, uma instituição criada com o objectivo de valorizar a presença de Portugal em Macau promovendo o relacionamento entre Portugal e a China.
Em 1993 foi condecorado pelo Presidente da República Doutor Mário Soares com a Comenda da Ordem do Infante D. Henrique, pelo contributo prestado à valorização da cultura portuguesa.